Escuta, camarada, a voz do nosso povo.
É uma voz antiga como o tempo, amordaҫa.
Mas fremente de sonhos,
determinado como uma certeza,
ativa e cortante
como uma dor que causa.
ouve-la? São cigarras que gritam,
os seus filhos massacrados....
são camponeses que amaldiҫoam os
colonos
que lhe roubaram a terra...
são mães que nos acolhem como heróis
no regresso dos combates.
Escuta a voz do povo, camarada.
faz com que ela seja tua luz,
deixa que ela te como um manto-invisível
mas pesado
porque tem o peso de todos os sofrimentos
que devem acabar,
de todos os sonhos que devem tomar forma.
Escuta a voz do povo, camarada.
Ferina
varela
Praia, 23 de maio de 2018
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